segunda-feira, abril 24, 2006

DE REPENTE 30!!!!

Hoje me tornei uma balzaquiana! Quase sempre em tom pejorativo, já ouvi e suportei piadas, rótulos, brincadeiras, tudo por causa do estigma que essa palavrinha traz. Provavelmente por que nem todos que brincam com o termo chegaram a ler “A Mulher de Trinta” do escritor francês Honoré de Balzac que viveu no início do século XIX. Muitos não sabem que este livro constitui uma grande etapa na história da emancipação feminina. Balzac revelou os sofrimentos da mulher incompreendida que não encontrou, no casamento, a realização de seus sonhos.

Mas será que em pleno século XXI ainda estamos condicionadas à sombra de um relacionamento? Infelizmente, para muitos, ainda estamos sim. Como antigamente para se viver um romance era preciso ter no máximo vinte e poucos anos, criaram o rótulo de que balzaquianas são encalhadas. Mas como o tempo não pára e a fila anda, os 30 chegam e, com eles, as cobranças de todo lado. São tias cobrando casamento, pais cobrando netos, você mesma cobrando-se a compra de um imóvel próprio, de um trabalho melhor, sem falar na corrida contra o relógio biológico e a eterna preocupação em manter-se jovem e bela.

Os machistas e “as” machistas de plantão costumam dizer que se a mulher chegou aos 30 e ainda não se casou é porque tem algum problema. Isto é uma afronta! Para Balzac, e não só para ele, as mulheres de 30 estão no ápice da vida, conhecem como ninguém a arte de seduzir e encantar, e têm muitas histórias para contar. Mas realmente são muitos os conflitos de nós balzaquianas. Vivemos a vida no limite e estamos constantemente sendo postas à prova em qualquer lugar e em qualquer situação. Exigem-nos mais, mas também exigimos muito.

Eu diria a esses insensatos pensadores que não temos problema, ao contrário, somos a solução. Antes não existíamos, agora estamos aí: Singulares e especiais, porque nós, mulheres de 30, temos a garra das de 20 e a maturidade das de 40. Na verdade o grande problema, talvez o mais inquietante conflito, é encontrar alguém à altura. Não pode ser qualquer um. É preciso um homem com “H” que acompanhe uma mulher assim: mais madura, mais sensual, menos tímida, mais realista, mais vivida e, principalmente, mais MULHER...

por Flávia Ferreira

quarta-feira, abril 19, 2006

UMA PAIXÃO QUE DÁ CERTO!

Um amigo, certa vez, contou-me uma historinha da mitologia grega mais ou menos assim: “Havia duas criaturas que eram muito grudadas – com quatro pernas, duas cabeças, um pênis e uma vagina. Eram completas, felizes. Tão felizes que provocaram a inveja de Zeus, que com um raio as separou em duas pessoas: um homem e uma mulher. Mas com a maldição de que uma metade jamais encontraria a outra.”

A paixão é um sentimento tórrido que, muitas vezes, nos leva a um estado de total insensatez, de completa insanidade. Quando este sentimento toma conta do nosso ser, acreditamos ter encontrado aquela metade da historinha. Tão forte é essa sensação que o desejo pelo outro sobrepõe o desejo por nós mesmos. É como se a outra pessoa fosse o um pedaço perdido de nós sem o qual não conseguiríamos viver. Mas se pensarmos assim, como metades tangíveis, quando ocorrer a perda, ou o rompimento, o que vai acontecer? Vamos nos perder também. E este é o grande nó das relações: atribuir a felicidade ao outro, quando, na verdade, ela deve estar presente em cada indivíduo. Não podemos acreditar que a pessoa de quem gostamos é responsável pela nossa felicidade. Geralmente entramos nos relacionamentos buscando a paixão, sem nos darmos conta de que este é um sentimento que temos que trazer dentro de nós.

Voltando à historinha, podemos dizer que a atitude de Zeus, ao separar as duas metades, não foi de apartá-las, mas, sim, de aproximá-las definitivamente. A ‘metade’ homem realmente jamais vai encontrar a ‘metade’ mulher. Encontrar no sentido de achar-se em, pois a paixão pode ser integradora SIM, mas só se você perceber que o gostar está em si e não no outro. A paixão é elementar, o amor é derradeiro. Sabemos que ela é efêmera, mas também pode tornar-se algo perene. Para isso, é preciso abrir espaço para que esse sentimento amadureça, fortifique-se, transforme-se e nasça primeiro em seu coração. Não adianta querer ouvir a melhor declaração de amor se ela não fluir primeiro de dentro para fora. Lembre-se: antes de tudo e de todos experimente uma paixão que dá certo: apaixone-se por VOCÊ!

por Flávia Ferreira

terça-feira, abril 11, 2006

MEU MAIOR AMOR, MEU MELHOR AMIGO!

Jesus, o melhor amigo da humanidade! Eis uma frase justa para classificar nosso grande Mestre. ELE fez de tudo para mostrar ao homem, criatura tão frágil em sua essência, que o amor é uma busca que jamais deve cessar-se. Santo Tomás de Aquino nos ensinou que Deus é amor em ato! É aquele amor verdadeiro que age, transforma, participa e se dá. E JESUS foi a prova viva desse sentimento. No ápice da dor, JESUS também atingiu o ápice da sensibilidade, da sabedoria, do humanismo. Esse Mestre queria ensinar a principal arte da inteligência e a mais difícil de ser aprendida: a arte de amar. ELE nos ensinou a amar, amando! JESUS foi incompreendido, rejeitado, zombado. Foi ferido física e psicologicamente, mas ainda assim não se tornou agressivo, pelo contrário, oferecia a outra face àqueles que o feriam. JESUS queria apenas mostrar que dar a outra face não era sinal de fraqueza, mas, sim, sinal de segurança e força. Dar a outra face é respeitar o outro, é procurar compreender os fundamentos da sua agressividade. E só alguém muito forte e seguro é capaz de amar ao próximo como a si mesmo, sem restrições.

Esta semana chamada “santa” deveria ser dedicada e consagrada ao PAI. Mas infelizmente muitas pessoas, algumas por ignorância, outras por falta fé, outras até por ‘má’ fé, só querem curtir os dias de descanso, ganhar muitos ovos e comer bastante chocolate. Esquecem o verdadeiro e principal significado de um momento como este. Essas pessoas não conseguem enxergar o ‘AMIGO’ tão precioso que têm. Um amigo que foi capaz de dar sua própria vida pelo próximo, que nem sempre estão/são tão próximos assim. Estamos chegando ao fim da quaresma, mas ainda há tempo de você parar, refletir, conhecer um pouco mais sobre este grande amigo que você tem, mesmo que ainda não o conheça de fato. ELE não morreu de braços abertos naquela cruz por acaso. Foi para que você soubesse que seus braços iriam continuar sempre abertos para lhe receber. Se entregue e sinta esse abraço gostoso que acalenta, que renova as esperanças, que reanima a alma e reaviva a emoção. Mesmo que você ainda não saiba, é JESUS seu maior AMOR, seu melhor AMIGO.

por Flávia Ferreira

terça-feira, abril 04, 2006

SEM MEDO, SEJA FELIZ...

Alguém tem medo de ser feliz? Em princípio NÃO! Esta parece até uma pergunta tola, sem nexo, já que felicidade é o que todos querem e buscam nessa vida. Então, como explicar a estranha sensação que temos quando tudo vai muito bem? Por que o medo de falar, ou de gritar, de expor sentimentos? É como se essa felicidade fosse algo tão frágil, tão débil, que pudesse nos evadir, sumir a qualquer instante. Frequentemente ouvimos frases do tipo: “...estou tão feliz que tenho até medo;" "não fala não porque senão estraga;" "não conte pra ninguém que dá azar..."; “tudo que é bom dura pouco...”; “tava muito bom pra ser verdade...” E por aí vai. O ser humano vive em busca da felicidade de fato, mas, quando se depara com ela, tem tanto receio e fica tão desacreditado de tê-la encontrado, que acaba afastando-a. Mas como pode?

No amor, por exemplo, muitos temem até mesmo a possibilidade de terem medo. O medo de ser feliz parece ser tão ‘inerente’ que faz as pessoas assumirem determinados comportamentos que acabam destruindo qualquer relacionamento. Isso tudo porque uma vez perdido o amor, a pessoa sente-se aliviada do terrível sentimento que é a AMEAÇA de perder, daquele pânico de ser abandonada. Então ela prefere abandonar antes de ser abandonada. Nossa, complicado isso! Em suma, por medo de não sermos amados, não amamos. Agora, quem garante que seremos abandonados? Ou que não vamos ser amados? E se não formos? E se realmente formos abandonados? Que mal há nisso? Não pergunto por que, mas para que o medo de tentar? Se o NÃO tentar evitasse sofrimento, pouquíssimos reclamariam da vida, pois são cada vez mais raros aqueles que ousam arriscar. A vida será sempre um risco e nela vamos “encontrar” e vamos “perder”. É inevitável. A vida é feita de desafios. Cabe a nós fazer desses desafios ferramentas valorosas para o nosso crescimento.

Provavelmente o medo de se envolver numa relação amorosa real e possível pode estar dentro de você mesmo. É muito comum ver no outro aquilo que se encontra dentro de si, sem que se tenha consciência disso. É muito mais cômodo julgar-se vítima das situações do que procurar as razões que o fazem permanecer nelas. Muitas vezes ficamos alimentando o nosso presente com as decepções do passado. Dessa maneira sabotamos qualquer possibilidade de felicidade num futuro. Portanto, esteja atento para não cair nas armadilhas da sua própria insegurança. Lembre-se de que felicidade é um estado de espírito e não uma meta de vida. Dê a si mesmo a chance de experimentar algo genuinamente bom. Tentar é viver, ter medo é morrer! Só existe um ser capaz de arruinar a sua felicidade: VOCÊ mesmo!

"Arriscar-se é perder o pé por algum tempo. Não se arriscar é perder a vida..." (Soren Kiekegaard)

por Flávia Ferreira